Muito abalada, a mulher de João Alberto, Milena Borges Alves pediu justiça. “Eu não tenho nada pra falar. Só quero justiça, quero que paguem”.
Beto, como era conhecido, começou a ser velado às 8h e o enterro aconteceu às 12h.
João Alberto foi morto por dois seguranças do supermercado na noite de quinta-feira (19). Segundo a polícia, a vítima teria feito um gesto para uma funcionária do mercado, o que a fez chamar a segurança do local.
Beto foi acompanhado pelos dois homens ao estacionamento da unidade. De acordo com a polícia, ele teria dado um soco em um dos seguranças, quando começaram as agressões. A vítima foi agredida por cerca de 5 minutos pelos dois homens.
O Samu foi acionado, mas ele morreu no local. Os dois homens foram presos em flagrante e devem responder por homicídio triplamente
Manifestos em frente ao supermercado
Alvo de manifestantes na noite de sexta-feira (20), o Carrefour do Passo D’Areia tem marcas de destruição horas após o protesto que terminou em confronto com a polícia.
Logo ao amanhecer deste sábado, pedaços de concreto estavam espalhados pelo pátio, totens com marcas de incêndio e pichações contra os seguranças que provocaram a morte de João Alberto Freitas.
Cercas e portões foram arrancados. Próximo às escadas rolantes, vidraças foram quebradas, e lojas de empresas locatárias dos espaços também foram alvo dos manifestantes.
A calçada em frente à Avenida que dá acesso ao mercado também tem marcas de protesto. Frases como “racistas, assassinos e justiça por Beto” são expostas em cartazes de papelão ou grafitadas no piso e nas paredes do estabelecimento.
fonte g1 rbs tv