A movimentação dos possíveis candidatos à presidência nas eleições de 2022 já começou. Dentre eles, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve protagonizar a corrida eleitoral com o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (sem partido), provável candidato à reeleição.

Lula é cauteloso em seus passos para entender como será a mobilização da “terceira via”. Apesar disso, ele tem conversado com dirigentes de partidos do Centrão em Brasília e afirmou vai fazer todas as alianças que puder.

Segundo Fernando Guarnieri, cientista político do Instituto de Estudos Sociais e Político da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ), a origem do conceito de terceira via na política remete à fase final da Guerra Fria e aos dois sistemas socioeconômicos dominantes à época: o capitalismo dos Estados Unidos e o socialismo da União Soviética.

A terceira via, associada a partidos de centro esquerda e sociais-democratas da Europa, surgiu como um meio termo, reunindo elementos de direita – políticas mais liberais e um estado menos centralizado, por exemplo – com bandeiras tradicionais da esquerda, como a justiça social e a igualdade de oportunidades.

No Brasil pré-Bolsonaro, esse mesmo termo já aparecia para classificar os candidatos que tentavam romper a polarização entre PT e PSDB nas eleições para presidente desde 1994.

Um possível personagem importante na “terceira via” deve ser o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. No dia 10 de novembro, ele deve anunciar uma filiação .

A expectativa de integrantes da sigla é que, de fato, Moro seja lançado como candidato à Presidência pela legenda. No entanto, o assunto só deve ser explicitado depois de o ex-ministro se filiar ao partido. Além disso, dois governadores estão em uma disputa interna para representarem o PSDB nas eleições: João Doria, de São Paulo, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul.

Outros possíveis candidatos da “terceira via” são o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que se filiou ao PSD nesta quarta-feira (27); e Ciro Gomes (PDT), que tem desferido ataques contra Bolsonaro e Lula.

Há determinadas figuras que permanecem incertas na disputa, como o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o apresentador José Luiz Datena, justamente porque as siglas de ambos – DEM e PSL – aprovaram uma fusão, criando o União Brasil.

Além disso, dois senadores que ganharam visibilidade na CPI da Pandemia podem participar da corrida: Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Simone Tebet (MDB-MS). O primeiro já informou ao seu partido que colocou o nome à disposição para concorrer ao cargo nas eleições.

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