Na própria base governista, há resistência ao projeto de decreto legislativo; Anvisa atestou a segurança do imunizante para a faixa etária
Um grupo de cinco deputados federais governistas apresentou projeto de decreto legislativo para invalidar resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que aprovou a ampliação do uso de vacina contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos.
Assinam o projeto, já protocolado na Câmara dos Deputados,
Deputados, Bia Kicis (PSL-DF)
chris Tonietto (PSL-RJ)
General Girão (PSL-RN)
Junio Amaral (PSL-MG)
Dr. Luiz Ovando (PSL-MS)
Diego Garcia (Podemos-PR
Assinam o projeto, já protocolado na Câmara dos Deputados, Bia Kicis (PSL-DF), Chris Tonietto (PSL-RJ), General Girão (PSL-RN), Junio Amaral (PSL-MG), Dr. Luiz Ovando (PSL-MS) e Diego Garcia (Podemos-PR). Eles argumentam que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a proporção de casos sintomáticos de infecção pelo coronavírus nessa faixa etária é menor do que em pacientes mais velhos.
O projeto de decreto legislativo ressalta que o imunizante precisaria passar por novas fases de estudo para atestar a sua segurança na aplicação em crianças e adolescentes.
A perspectiva é de que o decreto legislativo seja discutido apenas após o fim do recesso parlamentar, em fevereiro. Até lá, a perspectiva no Ministério da Saúde é de que o imunizante seja incluído no PNO (Plano Nacional de Operacionalização).
Consulta pública e pedido médico para vacinar crianças são um absurdo diz médico
Alexandre Naime Barbosa, infectologista e chefe do Departamento de Infectologia da Unesp, acredita que essas medidas por parte do governo é para agradar o eleitorado
Na última quinta-feira (23), Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, declarou que para crianças de 5 a 11 anos serem vacinadas, será necessária uma prescrição médica e um “termo de consentimento livre declarado”. O governo também realizou uma consulta pública para saber o que a população acha de imunizar este público.
E Alexandre Naime Barbosa, infectologista e chefe do Departamento de Infectologia da Unesp, está entre muitos médicos que se se posicionaram contra as medidas do ministro. “É um absurdo realizar consulta pública e pedido médico para vacinar crianças”,