O Irã viu uma onda de suspeitas de envenenamento, realizadas quase inteiramente em escolas femininas, nos últimos meses.
Embora os políticos iranianos tenham sugerido que as meninas poderiam ter sido alvo de grupos islâmicos linha-dura, ativistas acreditam que os envenenamentos podem estar ligados aos protestos em todo o país que eclodiram em setembro passado pela morte de Mahsa Ami. Muitas alunas participaram ativamente dos protestos, removendo seus véus obrigatórios nas salas de aula, rasgando fotos do líder supremo aiatolá Ali Khamenei e pedindo sua morte.
Médicos, pais e professores acusaram o governo iraniano de tentar silenciar as vítimas.
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, chamou anteriormente os supostos envenenamentos de “crime imperdoável” e pediu “punição severa” para qualquer pessoa considerada responsável.
Entre os presos, disse o ministério, estavam “indivíduos que tiveram motivos hostis, tentaram criar medo e horror entre pessoas e estudantes, fecharam escolas e criaram pessimismo em relação” ao governo iraniano.
Eles permaneceriam “sob investigação até que as garantias exigidas sejam alcançadas”, disse o comunicado, acrescentando que o número de casos de envenenamento em escolas femininas em todo o país diminuiu “nos últimos dias”.