Pesquisadores confirmam o que a prática clínica já comprova há anos: a sensibilidade ao glúten não celíaca tem efeitos diretos na neurologia e na psiquiatria, impactando quadros como autismo e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Em um estudo recente, imagens de ressonância magnética revelaram alterações cerebrais em indivíduos sensíveis ao glúten, associadas a sintomas como confusão mental, desatenção, ataxia, desequilíbrio e enxaquecas.
A descoberta não é novidade para especialistas que há tempos observam melhoras significativas em pacientes com transtornos do neurodesenvolvimento após a retirada do glúten. No entanto, a resistência por parte de setores tradicionais da medicina e da nutrição ainda perpetua a desinformação, levando muitos a desacreditar essa relação. A ideia de que “glúten só faz mal para celíacos” está ultrapassada e precisa ser urgentemente revisada.
O debate sobre o impacto do glúten na saúde mental e neurológica divide opiniões. De um lado, há aqueles que insistem em ignorar as evidências emergentes, mantendo um discurso raso e sem embasamento clínico. Do outro, profissionais que acompanham a realidade dos pacientes e veem na prática a melhora dos sintomas com a alimentação adequada. A resistência ao tema não se sustenta diante do acúmulo de estudos e da experiência clínica de especialistas que, há anos, identificam essa correlação.
Agora, com as evidências científicas reforçando o que já se sabia na prática, o próximo passo é garantir que essa informação chegue ao conhecimento de médicos, nutricionistas e educadores, para que paradigmas desatualizados não comprometam o tratamento e a qualidade de vida de milhares de pessoas. O que antes era tratado como “mito” cada vez mais ganha respaldo acadêmico, e cabe à comunidade científica e médica agir com responsabilidade diante dessa realidade.
Fonte :@dratiellemachado