A arte brasileira ganhou o mundo e, em escolas bilíngues no exterior, tornou-se uma ferramenta poderosa para manter viva a conexão das crianças com suas raízes. Entre os nomes mais representativos estão Tarsila do Amaral, Cândido Portinari e Romero Britto, artistas que, cada um à sua maneira, levam a identidade brasileira para além das fronteiras.
Tarsila do Amaral é reconhecida internacionalmente como a grande voz do Modernismo brasileiro. Suas cores vibrantes e figuras simplificadas encantam crianças e adultos, e obras como “Abaporu” são vistas lá fora como símbolos da imaginação e da criatividade tropical do país.

Cândido Portinari, considerado um dos maiores muralistas das Américas, retratou com profundidade cenas do cotidiano brasileiro, brincadeiras, festas e trabalhadores, sempre com forte carga humana. No exterior, é admirado por revelar, em suas telas, a sensibilidade e a diversidade do povo brasileiro.

Romero Britto, com seu estilo pop, colorido e otimista, é o mais global dos três. Seu traço alegre aparece em galerias e objetos de vários países, aproximando o público infantil de imediato. Ele representa um Brasil contemporâneo, acessível e cheio de energia.

A linguagem artística desses três nomes pode ser explorada de forma lúdica e sensorial, despertando nas crianças curiosidade não apenas sobre arte, mas sobre o próprio Brasil. Suas obras têm cores fortes, traços simples e formas geométricas que lembram o tipo de desenho que as crianças fazem naturalmente, figuras grandes, proporções livres e combinações espontâneas de formas e cores. Essa familiaridade visual cria identificação imediata e aproxima o aprendizado do português, porque a criança se sente segura para experimentar, nomear, descrever e criar. Nesse ambiente, a criatividade flui sem regras rígidas, e o idioma é incorporado de forma natural, dentro do processo de descoberta.
Mais do que figuras marcantes da nossa história cultural, Tarsila, Portinari e Britto ajudam crianças brasileiras que vivem fora do país a manter um vínculo afetivo com suas origens. Cada um conta um pedaço do Brasil, pelas cores, pelas pessoas ou pela imaginação. Ao levar esses artistas para a sala de aula, a escola bilíngue não ensina apenas arte: ela oferece identidade, pertencimento e a sensação de que, mesmo longe, um pedaço do Brasil está sempre por perto.


