Um estudo arqueológico publicado recentemente revelou a descoberta de uma rede de oásis murados no noroeste da Arábia Saudita , que se acredita serem estruturas de proteção para assentamentos na região que datam de vários milênios.

Originalmente publicadas na revista Antiquity , essas descobertas lançam luz sobre o desenvolvimento socioeconômico da região na antiguidade. A descoberta revela comunidades prósperas dentro desses oásis, caracterizadas por assentamentos desenvolvidos, criação de gado e plantações.

Dentro desses oásis, viviam comunidades prósperas com fontes de água, gado, incluindo cabras e ovelhas, além de plantações de frutas e cereais, além de tamareiras que datam de 2000 a.C. As muralhas externas que cercavam essas áreas sugeriam riqueza e poder, proporcionando proteção.

Os muros também foram vistos como investimentos significativos pelos moradores locais, não apenas para sua construção, mas também para sua manutenção e modificação ao longo do tempo para atender às suas necessidades.

Os oásis murados encontrados em Tayma, Qurayyah, Dumat al-Jandal, Hait, Huwayyit e Khaybar representavam a hierarquia e o controle social e político, com um corpo político governante gerenciando e supervisionando a construção e a manutenção das muralhas. Sem essas muralhas, os reinos das caravanas na Arábia eram protegidos de ataques de entidades tribais.

“A recente identificação de um complexo de oásis murados no noroeste da Arábia Saudita sinaliza uma mudança radical em nossa compreensão da evolução socioeconômica desta vasta região em grande parte inexplorada”, escreveram os autores do estudo.

Os oásis murados começaram a existir já em 3000 a.C.

Evidências sugerem que o fenômeno dos oásis murados começou por volta de 3000 a.C. em Tayma e Qurayyah e se espalhou para a região de Harrat Khaybar no final do terceiro milênio a.C. A prática continuou durante a Idade do Ferro e até mesmo nos séculos XIX e XX

Embora escavações contínuas sejam necessárias para aprender mais sobre o papel dessas cidades muradas específicas nas profundezas do deserto da Arábia Saudita, elas fornecem um modelo superficial de como as comunidades do deserto se adaptaram ao longo dos séculos às mudanças ambientais e sociopolíticas, e como elas podem ter sido visitadas por viajantes de e para o antigo Israel e seus vizinhos por gerações.

fonte https://www.jpost.com/