Entre vários murais pintados, os arqueólogos destacaram uma imagem impressionante de “uma multidão de olhos centrados em um único rosto”, que eles interpretam como um símbolo copta de vigilância espiritual.
As ruínas de Manqabad, pesquisadas pela primeira vez em 1965 e reabertas para escavações em larga escala em 2024, ficam a cerca de 22 km do Aeroporto Internacional de Assiut. Pesquisadores continuarão documentando os murais e a arquitetura na esperança de esclarecer o papel do complexo no patrimônio copta.
O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Mohamed Ismail Khaled, chamou o complexo de “uma adição significativa à nossa compreensão da arquitetura cristã primitiva”, destacando suas paredes de argamassa branca, três salões paralelos no nível superior e um andar inferior de câmaras alongadas acessadas por uma escada.
Entre vários murais pintados, os arqueólogos destacaram uma imagem impressionante de “uma multidão de olhos centrados em um único rosto”, que interpretam como um símbolo copta de vigilância espiritual. Um segundo afresco mostra um homem barbudo segurando uma criança pequena — provavelmente José, o Carpinteiro, com o menino Jesus — ladeado por discípulos e acompanhado por inscrições coptas.
Os artefatos dos cômodos inferiores incluem cerâmica com inscrições em letras coptas, um friso de pedra esculpido com um veado e um leão e uma lápide com o nome de um santo local — tudo isso, segundo a equipe, ilumina a vida diária e as práticas litúrgicas nas primeiras comunidades cristãs do Alto Egito.
