As festividades trazem descanso e mudança de rotina, mas longos períodos sem contato com o idioma podem comprometer meses de avanço. O aprendizado do português, como língua de herança , depende de presença constante. Quando ele some do cotidiano por semanas, o cérebro enfraquece o que não é usado. Surgem perda de vocabulário, insegurança na fala e escrita menos fluida, tornando o retorno às atividades mais lento.

É nesse período de pausa que a língua corre maior risco de retroceder. Viagens e a quebra da rotina deixam o idioma de lado. Por isso, a orientação não é estudar mais, mas manter o contato. A continuidade, mesmo leve, preserva o avanço do ano. O bilinguismo não se sustenta sozinho: para que duas línguas convivam com equilíbrio, ambas precisam aparecer no dia a dia. Quando o português some da rotina, a língua dominante do país ocupa mais espaço, enfraquecendo o idioma usado em casa.
Manter o idioma vivo nas férias exige intenção, não formalidade. Poucos minutos diários, com regularidade, já fortalecem a língua. Pausas longas criam a sensação de “recomeçar do zero” , aumentando insegurança e risco de evasão no início do ano.

Aproveitar as festividades é essencial, mas manter a língua viva faz toda a diferença. Muitas escolas oferecem propostas lúdicas e afetivas, com atividades que reforçam o uso do idioma nesse período, garantindo aprendizado divertido e significativo mesmo com a mudança da rotina.
A língua é parte da identidade da família, e mantê-la ativa nas celebrações é um gesto de cuidado, pertencimento e continuidade.


