KIEV, Ucrânia — Quatro países europeus concordaram em comprar US$ 1 bilhão em armas dos EUA e enviá-las à Ucrânia sob um novo acordo anunciado pelo presidente Trump no mês passado.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy agradeceu pela assistência nas redes sociais.
Já temos compromissos da Holanda, Suécia, Noruega e Dinamarca – mais de um bilhão de dólares para armas americanas que a Ucrânia receberá. Obrigado! Esta cooperação com os países da OTAN continuará”, escreveu Zelenskyy no X.
Ele também disse que teve uma “conversa produtiva” com Trump.

Coordenamos nossas posições”, escreveu Zelensky. “Os russos intensificaram a brutalidade de seus ataques. O presidente Trump está totalmente informado sobre os ataques russos em Kiev e outras cidades e comunidades.”
Este é o mais recente sinal de melhora nas relações entre EUA e Ucrânia desde que Trump e Zelensky tiveram uma discussão televisionada na Casa Branca em fevereiro. Em contraste, Trump tem se tornado fortemente crítico do presidente russo, Vladimir Putin, que intensificou seus ataques à Ucrânia nos últimos meses.
Defesas aéreas para a Ucrânia
A Holanda disse que enviará mísseis americanos e outros componentes usados nos sistemas de defesa aérea Patriot dos EUA, já presentes na Ucrânia.
As baterias Patriot são o meio mais eficaz da Ucrânia para abater mísseis russos. Os ucranianos afirmam que precisam urgentemente de mísseis adicionais para as baterias Patriot, a fim de se defenderem contra a escalada dos ataques aéreos russos.
O ministro da Defesa holandês, Ruben Brekelmans, escreveu no X: “Isso ajuda a Ucrânia a se defender e a defender o resto da Europa contra a agressão russa”. Os holandeses avaliaram a assistência em mais de US$ 500 milhões.
Além disso, Suécia, Noruega e Dinamarca afirmam ter concordado coletivamente em apoiar também um pacote de armas dos EUA, desta vez por pouco menos de US$ 500 milhões. Não houve nenhuma informação imediata sobre quais armas americanas eles enviariam para a Ucrânia.
Trump assumiu o cargo em janeiro afirmando que se opunha à ajuda militar adicional dos EUA para a Ucrânia. Mas, em uma reunião na Casa Branca em julho com o Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, Trump afirmou que apoiava que os países da OTAN comprassem armas dos EUA e as enviassem para a Ucrânia.
Os EUA forneceram cerca de US$ 75 bilhões em assistência militar à Ucrânia desde a invasão em grande escala da Rússia em 2022, muito mais do que qualquer outro país.
Embora muitos países europeus digam que aumentarão seu apoio, não está claro se o aumento da assistência europeia compensará a perda de ajuda dos EUA.